v Jornada Interativa: Torna-te Quem Tu És

Torna-te Quem Tu És

Uma jornada interativa pelos insights de Monja Coen e Clóvis de Barros Filho sobre propósito, autoconhecimento e uma vida autêntica.

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O Ponto de Partida: A Presença

Esta seção convida você a praticar a atenção plena, um conceito central nos ensinamentos da Monja Coen. Através de passos simples, você pode se conectar com o momento presente, acalmando a mente e aguçando a percepção. A interação aqui é um convite para experimentar, não apenas ler.

A Bússola Interna: O Valor

Aqui, exploramos a ideia do Professor Clóvis de que nossas escolhas são guiadas por valores pessoais. Esta visualização interativa representa como um núcleo de valores pode influenciar diversas áreas da vida. Passe o mouse sobre cada área para ver como a escolha se conecta ao valor e descobrir um insight relacionado.

Passe o mouse sobre uma área da vida.
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Valores Pessoais
Estilo de Vida
Bem-estar

A Jornada: Torna-te Quem Tu És

Esta seção é o coração da conversa, onde as ideias de ambos os palestrantes convergem. O conceito de "tornar-se quem você é" envolve coragem, autoconhecimento e a busca pela excelência. Explore os cartões interativos para aprofundar-se em citações e no poema que ilustram essa jornada de autodescoberta e realização.

O Destino: Excelência e Conexão

A jornada do autoconhecimento não termina no indivíduo; ela se expande para o coletivo. Esta seção final reflete sobre como a busca pela excelência pessoal e a inteligência espiritual nos levam a uma maior compaixão e a trocas mais dignas com os outros, unindo sabedoria e ternura.

Do "Eu" para o "Nós"

Quando saímos da primeira pessoa do singular e entramos na primeira pessoa do plural, temos uma mudança de coração. A inteligência espiritual é a busca pelo bem de todos os seres, não apenas o nosso. Isso transforma a maneira como tratamos nossos colaboradores, com mais dignidade e respeito.

Sabedoria e Ternura

Só sabedoria não serve. E só bondade e compaixão não servem. É a união das duas coisas que nos torna plenos. A felicidade é um estado a ser conquistado a cada dia, reconhecendo que fizemos o nosso melhor, com excelência e potência.

A Vida é Movimento

A vida é como subir e descer morros, um fluxo constante. Não nos lamentamos por quem ficou para trás, nem ficamos ansiosos por quem vamos encontrar. Agradecemos a jornada e reconhecemos os semelhantes ao nosso lado, desejando que se sintam bem na nossa presença.

Transcrição da Palestra

Para quem deseja aprofundar, aqui está a conversa na íntegra. Use o botão abaixo para expandir e ler o diálogo completo.

Nós vamos falar de osso. A gente fala muito de carne, de pele, de emocional, vamos falar de osso. E aí estamos sentados nos ossos da bacia e senta o alongamento da coluna vertebral. A sede da vida, a coluna vertebral alongada, mais espaços entre as vértebras. Ninguém senta para baixo, senta alongando a coluna vertebral, abre o plexo solar. Abre o coração. O peito aberto ao mundo. Compromisso aqui é comigo. Sem suicídio. A vontade a gente tem, mas não mata. Não morre, tá? Percebe a vontade e deixa ela ir embora.

O fato de estarmos aqui significa que não estamos em nenhum outro lugar que poderíamos estar. A pergunta é: por que escolhemos estar aqui? Decidimos. Deliberamos. Para poder escolher é preciso atribuir valor. E aí você dirá: 'Isso vale mais do que aquilo'. Mas não é que valha mais no universo, é que vale mais para mim. O fato de estarmos todos aqui é a prova cabal de que, pessoa a pessoa, temos valores em comum, porque só esses valores poderiam permitir essa escolha.

Ao longo da vida, fui me dando conta que pra mim havia uma coisa muito importante: explicar para as pessoas coisas que elas não estejam entendendo. Como explicar é importante para mim, eu decidi ser professor. Veja que a escolha da vida foi possível por conta de um valor. Mas esse valor não tem nenhuma pretensão de valer para todo mundo. Ele vale para mim. E para você? É você que tem que descobrir, investigar, perceber.

"Conhece-te a ti mesmo". Você se conhece? Você já se perguntou quem sou eu? O que sou eu?

A gente volta para a pergunta: quem é você? Quais são as suas qualidades? Se você tem sido capaz de desenvolver as suas qualidades no maior potencial, de chegar à excelência de quem você é. A gente fica muito se comparando. Eu tive um professor que dizia: não se compare com os outros, é você com você. Será que hoje o que eu estou fazendo tem mais qualidade? E se eu não gosto do que eu faço, será que eu sou capaz de gostar do que eu faço? Ou só reclamo?

O momento mais legal da vida é durante o trabalho. Felicidade é concomitante. Eu não estou aqui esperando para ser feliz depois. Porque o depois, sei lá. Eu estou aqui apostando no aqui, porque é aqui que é o grande barato da vida de hoje. O valor da vida está diretamente vinculado àquilo que pra mim conta. E quando eu me aposentar, tudo continuará igual. Por quê? Porque eu sou mais feliz ensinando do que pegando jacaré na praia do Leme.

A filosofia sempre disse: "Torna-te quem tu és". Nascemos com uma potência, uma usina de talentos, uma força que poderá ou não ser implementada ao longo da vida. Você nasce com forças e potências que são suas e você tem a possibilidade ao longo da vida de implementá-las, torná-las realidade. E aí você se tornará a cada passo quem sempre foi, em busca do melhor de si, da máxima potência da sua natureza, que nós chamamos de excelência.

A minha glória é esta: criar desumanidades, não acompanhar ninguém. Só vou por onde me guiem os meus próprios passos. Se vim ao mundo, foi para deflorar florestas virgens e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada. O mais que faço não vale nada. Que ninguém me dê piedosas intenções, que ninguém me peça definições, que ninguém me diga "vem por aqui". Prefiro escorregar nos becos lamacentos, redemoinhar aos ventos, e com farrapos arrastar os pés sangrentos, a ir por aí.

Quando a gente sai da primeira pessoa do singular e entra na primeira pessoa do plural, nós temos uma mudança de coração. Isso é espiritualidade. É a busca pelo bem de todos os seres, não apenas o nosso. Essa mudança de percepção da realidade faz com que nós possamos cuidar dos nossos colaboradores com mais dignidade e respeito. Como é que vocês tratam seus colaboradores? Você percebe se está explorando, no sentido de exigir mais do que o outro pode dar? E de você? Você exige mais do que você pode fazer? E vai ter o nosso famoso burnout? Saber os limites, entrar no eixo de equilíbrio, é essencial.

A vida é movimento e transformação. Quando a gente percebe isso, a gente passa a agradecer. É como andar numa rua com morros, você sobe e desce, mas não fica lá embaixo, nem lá em cima. As pessoas com quem começamos a travessia da nossa vida não são as mesmas com quem terminamos. Mas sempre há alguém do nosso lado. Não nos lastimamos por aqueles que ficaram para trás, nem ficamos em expectativa de quem vamos encontrar. Nós vamos caminhando e reconhecendo semelhantes ao nosso lado.

O que eu digo é isso: despertar. E Buda quer dizer aquele que desperta, é ser capaz de ver o que está na sua frente. Você não vai inventar nada, você vai ver. Você tem em você todo o conhecimento necessário para resolver as questões que aparecem. Mas a sua inteligência espiritual, a sua inteligência emocional, tem que ser trabalhada para que você veja o que é e encontre a solução adequada. Que a gente viva desperto, acordado. Viva com sabedoria e com ternura. A ternura é essencial. Só sabedoria não serve, e só bondade e compaixão não servem. Se tiver as duas coisas juntas, a felicidade não é permanente, é um estado a ser conquistado a cada dia, reconhecendo que você fez o melhor que podia fazer, com excelência e com muita potência.